Wicca

A palavra Wicca vem do Inglês antigo, tendo sido re-introduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia "Wica", popularizou-se o uso de "Wicca", mais aderente à etimologia da língua inglesa.


Os primeiros livros sobre Wicca em língua portuguesa foram traduções da língua inglesa, tendo seus tradutores optado por manter a grafia original. Mais tarde, os livros escritos diretamente em Português mantiveram esse uso. No entanto, não há consenso entre autores e tradutores sobre a palavra a ser usada na língua portuguesa para designar o praticante da religião Wicca, sendo utilizadas mais amplamente as formas wiccano(a) e wiccaniano(a). É também de uso mais restrito a forma wiccan(para ambos os sexos).


Os defensores da forma wiccaniano alegam ter sido o primeiro livro sobre Wicca traduzido para o português a "Feitiçaria Moderna", de Gerina Dunwich, onde foi utilizada essa forma. Os demais termos são normalmente mantidos sem tradução, em sua forma originalmente usada na língua inglesa.


Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, "Wicca" e "Bruxaria" são conceitos diferentes. A confusão se dá porque tanto os praticantes de Wicca quanto os de Bruxaria se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser confundidos os termos "Wicca" e "Paganismo", uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões do paganismo.


A Wicca é uma religião iniciática, e pode ser praticada tanto de forma tradicional quanto de forma solitária. Nas formas tradicionais, os praticantes avançam através de "graus" pré-definidos de iniciação e geralmente trabalham em "coven's". Nas formas solitárias, os praticantes geralmente se auto-dedicam e auto-iniciam nas práticas da Wicca, e depois normalmente a praticam sozinhos ou se juntam com outros Bruxos Solitários para formarem um Coven. Algumas vezes, solitários são iniciados por outros sacerdotes ou sacerdotisas antes de estabelecerem sua prática.


Todas as formas de Wicca cultuam a Deusa e o Deus, variando porém o grau de importância dado ao culto de cada um deles.


O que a Wicca não é



Os praticantes da Wicca são alvo de uma série de visões errôneas, que gera grande preconceito e medo. Esta lista serve para esclarecer e extinguir falsas idéias sobre o culto Wicca. Os praticantes da Wicca:


Não acreditam nem adoram o que os cristãos conhecem como Satã ou Demônio;

Não sacrificam animais ou seres humanos em seus ritos;

Não odeiam nem desprezam os cristãos, os judeus, a Bíblia, Jesus Cristo, Jeová, os islâmicos, o Alcorão, Maomé, Alá ou qualquer outra expressão religiosa. Ao contrário, advogam o direito à plena liberdade de expressão religiosa para todas as pessoas, independente de credo ou denominação;

Não são sexualmente anticonvencionais, muito menos pervertidos, embora o respeito à diversidade, inclusive a sexual, seja um valor importante para eles;

Não encorajam o uso de drogas muito menos orgias sexuais durante seus ritos privados ou públicos;

Não são cristãos, islâmicos, judaicos ou praticantes de qualquer outra religião monoteísta.

Não são guiados por magos ocultistas.

Além disso:


Todos os praticantes de Wicca são neo-pagãos, mas nem todos os neo-pagãos são praticantes de Wicca;

Todos os praticantes de Wicca são bruxos, mas nem todos os bruxos são praticantes de Wicca.

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