Para os ocidentais meditar significa refletir a respeito de alguma coisa. No oriente, meditar é algo bem diferente. Entrar num estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo.
Assim, através da meditação vamos prestar atenção e descobrir como funcionamos. Como agimos em determinadas situaçães, porque respondemos uma coisa quando gostariamos de dizer outra, porque fugimos daquilo que mais queremos, porque vivemos mergulhados na ansiedade, na depressão e no cansaço quando queremos apenas a tranquilidade.
Grande parte dessa confusão é criada pela mente. Podemos dizer que ela é o instrumento de nossa consciência e contêm a somatória de nossos condicionamentos, padrões de pensamento, nossa memória e nosso lado racional.
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A práica da meditação, embora simples, requer bastante disciplina e regularidade. Abaixo estão algumas dicas de como iniciar sua prática de meditação.
Existem centenas e mais centenas de técnicas de meditação e cada pessoa deve descobrir a qual melhor combina consigo e a que produz melhores resultados. Alguns preferem meditar com mantras, muitos gostam de observar a respiração e outros usam imagens ou símbolos. Porém, o que essas têcnicas têm em comum é o fato de despertarem o observador passivo.
Observador passivo é aquela parte nossa que se mantêm distante da turbulência da nossa vida diária. Ele é como um sábio que olha o vilarejo do alto de uma colina. Ele vê as pessoas correndo de um lado para outro, as crianças brincando, um cachorro procurando comida, alguém morrendo, um bebê nascendo, a geada queimando a colheita e nada disso o afeta. Ele permanece sentado no alto de seu monte, pois sabe que a dor ou a alegria brotam da mesma fonte e nenhuma delas é permanente. O observador passivo sabe que a verdadeira felicidade pertence ao Eu-Superior e que quando estamos conscientes dele, nada mais nos afeta.
Mas ele tambêm é um grande professor. Se você ficar com alguém 24 horas por dia observando como ele come, como se veste, como fala e age, como dorme, no final de uma semana você conhecerá muito dessa pessoa. Assim, se nos observarmos tempo suficiente, aprenderemos muito a nosso respeito. Aprenderemos como é que funcionamos, como agem nossos pensamentos e sentimentos, como eles influenciam nossas escolhas, etc. Quando desenvolvemos o observador passivo, podemos olhar de longe a paisagem de nossa vida e encarar os desafios que ela nos propíe com insenção de íntimos, sem deixar que o emocional nuble nossa percepção. é por isso que é tão fácil aconselhar um amigo com problemas. Como não estamos envolvidos emocionalmente, temos uma visão panorámica da situação e podemos perceber as falhas e as possibilidades que ele não vê. Quando olhamos as coisas com uma certa distáncia, entendemos o contexto e os motivos por três dos fatos. E, com essa compreensão, podemos encontrar saídas criativas, podemos ver portas onde antes parecia existir apenas muros.
Sente-se confortavelmente e faía algumas respiraçães profundas.
Comece a observar os pensamentos que lhe chegam. Tome consciência deles e deixe que sumam em seguida. Não os evite nem os incentive.
Não dê continuidade a nenhum pensamento. A tendência da mente é fazer associações. Quando vem o pensamento "preciso pagar uma conta no banco" a mente da continuidade: "será que tenho dinheiro suficiente? Se não tiver, posso pedir emprestado ao fulano. Caso ele nío possa emprestar...". E assim vai. Portanto, corte o fio antes que toda a meada se desenrole.
Tente ver cada pensamento como um quadro estético, como uma cena de um grande video-clip que não merece muita atenção.
A mente está representando uma grande peía diante de você. Mas você não é o protagonista. Você é apenas o expectador. Portanto não se envolva.
Caso haja uma grande confusão de pensamentos fluindo, apenas "olhe" essa confusão. Não tente controlar seus pensamentos, deixe que eles venham da maneira que vierem.
Não espere nada de especial da sua meditação: fogos de artifício explodindo diante de você, deuses e iluminados desfilando, flores de lótus ou luzes maravilhosas. As imagens que surgem podem ser apenas produto da atividade mental, truques da mente para distraí-lo. Portanto, continue apenas observando como outro pensamento qualquer. Não se envolva com a beleza ou beatitude delas. Se elas forem mais que um produto da mente, você saberá.
Com a prática contínua você será capaz de manter a mente em branco e ouvir a voz de sua intuição que tambêm é um atributo do observador passivo.